Dr Paulo Alvim

Dr Paulo Alvim
Dr Alvim - inesquecível

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

DIOS TIENE YA EN SU MORADA

ESTIMADO SERGIO

Gracias por compartirme esta triste noticia.
DIOS TIENE YA EN SU MORADA A ESTE ADALID DE LA CIENCIA Y DEL EJEMPLO DE VIDA Y DE TRABAJO, QUIEN PARA TODOS LOS QUE TUVIMOS EL PRIVILEGIO DE SUS ENSEÑANZAS Y SU AMISTAD, FUE SIEMPRE NUESTRO PARADIGMA.

El legado que nos deja es su pasión, su dedicación, su profesionalismo, su afán de compartir sus conocimientos, su norma de vida, su alegría. Ojalá podamos perpetuar su ejemplo y su recuerdo.


Cordial saludo


ALBERTO AGUDELO MUÑOZ

Director Técnico de Cacao

Casaluker Manizales

Falleció en Brasil el Dr. Paulo de Tarso Alvin

Falleció en Brasil el Dr. Paulo de Tarso Alvin.

Paz en su tumba


Sergio Cedeño A.

Gerente General

INDUSTRIAL Y AGRICOLA CAÑAS C.A.

PIVANO S.A.

Guayaquil-Ecuador

Faleceu Paulo Alvim

Paulo de Tarso Alvim, *23-02-1919 + 18 /02/2011 , aos 92 anos.

Paulo de Tarso Alvim passou sua infância e adolescência em sua cidade natal, Ubá (MG), onde fez seus cursos primário e secundário no Colégio Brasileiro e no Ginásio Mineiro Raul Soares, respectivamente. Órfão de pai aos dois anos de idade, sua educação, assim como a de seus três irmãos maiores, ficou sob a responsabilidade de sua mãe, que para tanto exerceu por muitos anos a profissão de costureira. Em 1937, prestou vestibular para o curso de agronomia na Escola Superior de Agricultura e Veterinária do Estado de Minas Gerais (ESAV), hoje Universidade Federal de Viçosa (UFV), sendo aprovado em 3º lugar entre 130 candidatos. Formado Engenheiro Agrônomo em dezembro de 1940, foi convidado para ser Professor Assistente de Botânica na ESAV onde, com o apoio de Octávio de Almeida Drummond, ministrou em 1943 o primeiro curso de Fisiologia Vegetal oferecido no Brasil para estudantes de Agronomia.
Em 1945, por indicação da própria ESAV, foi agraciado com uma bolsa de estudos do "International Institute of Education" para fazer curso de pós-graduação na Universidade de Cornell (EUA), onde, em janeiro de 1948, obteve o título de PhD em Fisiologia Vegetal com tese sobre o tema "Studies on the mechanism of stomatal behavior".
Ao retornar, iniciou pesquisas sobre fisiologia de plantas cultivadas e sobre a ecologia dos cerrados. Demonstrando a estreita correlação entre esse tipo de vegetação e as características químicas do solo, contribuiu para as técnicas de manejo do solo que permitiram a expansão da agricultura na região dos campos cerrados.
Em 1949, por ocasião do 2º Congresso Sul-Americano de Botânica, em Tucumán, Argentina, coordenou o movimento que resultou na criação da Sociedade Botânica do Brasil, atualmente com mais de 2000 associados.
Seu pioneirismo no campo da Fisiologia Vegetal foi logo reconhecido, tendo resultado em convite formulado pelo Instituto Interamericano de Ciências Agrícolas (IICA/OEA), o que o levou a trabalhar por 12 anos em diversos países da América Latina, principalmente na Costa Rica e no Peru.
Entre 1951 e 1955, foi pesquisador e professor da Escola de Pós-Graduação do IICA em Turrialba, Costa Rica, onde realizou pesquisas sobre fisiologia da produção do cacaueiro e do cafeeiro e orientou cinco teses de mestrado. Suas pesquisas contribuíram significativamente para aumento da produtividade dos cafezais daquele país. Entre 1955 e 1962 atuou no IICA de Lima (Peru), onde colaborou com a Universidad Nacional Agrária "La Molina" no ensino de Fisiologia Vegetal e na implantação de sua escola de pós-graduação. Nesse período orientou cerca de trinta estudantes na redação de teses de graduação e/ou mestrado. Suas pesquisas com cultivos irrigados permitiram-lhe descobrir o fenômeno a que denominou "hidroperiodismo", relacionado com o mecanismo da floração do cafeeiro e de outras espécies tropicais, além de ter inventado o primeiro porômetro portátil para avaliar o grau de abertura dos estômatos em condições de campo, conhecido na literatura especializada como "Porômetro de Alvim".


Região Cacaueira.
Em 1963, após suas atividades de docência e de pesquisa no Brasil, na Costa Rica e no Peru, colaborou com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) nos trabalhos de planejamento e implantação do Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEC). Assume o cargo de diretor-científico da CEPLAC, sendo o principal responsável pela organização e instalação dos departamentos técnicos dessa instituição, especialmente do Centro de Pesquisa do Cacau, considerado, no Brasil e no exterior, como um dos mais bem concebidos centros de estudos agronômicos em regiões tropicais. Foi o principal dirigente técnico da CEPLAC durante 25 anos (1963 a 1988), período em que a produção brasileira de cacau registrou o maior aumento de sua história, passando de uma média anual de 130 mil t/ano em 1961-1965 para 380 mil t/ano em 1983-1988.Conduzindo diversos trabalhos que resultaram no grande aumento da produção de cacau no País. Como professor da ESAV, inicia o ensino de Fisiologia Vegetal no Brasil, introduzindo essa matéria no currículo do curso superior de Agronomia.
Na Amazônia, a produção que era de 2 a 3 mil t/ano, elevou-se para 50 a 60 mil t/ano. Aposentado da CEPLAC em 1989.
Fundação Pau Brasil
Atualmente, devido seu estado debilitado, exercia a Presidência de honra da Fundação Pau-Brasil (ONG), dedicada a atividades conservacionistas e a estudos sobre agricultura sustentável em regiões tropicais úmidas, fundada em (1995) o qual esteve À frente durante quase (10) anos .
Como Professor Honorário da UFBA, orientou estudantes de mestrado nos laboratório de Fisiologia Vegetal do CEPEC. Publicou cerca de duas centenas de trabalhos técnico-científicos (em revistas, capítulos de livros, anais de conferências), cinco livros (como editor e co-autor), e pronunciou centenas de conferências em Congressos nacionais e internacionais.
Membro de diversas sociedades científicas e profissionais nacionais e internacionais, sendo o fundador da Sociedade Botânica do Brasil e primeiro presidente da Sociedade Latino-Americana de Fisiologia Vegetal; é membro da Academia Brasileira de Ciências. Em seu currículo, constam diversas distinções, como a Medalha do Mérito Agronômico do Brasil, a Medalha Agrícola Interamericana, a Medalha do Mérito do Ex-Aluno da UFV e o título de Cidadão Baiano. Na literatura botânica, foi homenageado com a descrição de três novos gêneros e seis novas espécies da região cacaueira, dentre eles: Alvimia - novo gênero de Bambusae , Alvimiantha — novo gênero de Rhamnaceae e Eschweilera alvimii Mori, nova espécie de Lecythidaceae.
É autor ou co-autor de livros e numerosos trabalhos técnico-científicos publicados no Brasil e no exterior. Foi o primeiro a demonstrar que diversas plantas tropicais necessitam de um choque de desidratação-hidratação, a fim de abrirem suas flores ou renovarem sua folhagem. Também foi o primeiro técnico a demonstrar que a formação dos campos de cerrados está relacionada com fatores edáficos, especialmente deficiências minerais. Suas pesquisas muito contribuíram para melhorar os conhecimentos sobre a fisiologia da produção de cultivos tropicais.
Casado em segunda núpcias com Simone Maria Cerqueira Alvim, é pai de seis filhos (Marília, Paulo Cesáreo, Heloisa, Leonardo, Alexandre e Fátima) e tem três netos (Daniel, Chantra e Nanda). Seu principal "hobby" era a fotografia.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Paulo Alvim

 Dear Uilson and Friends,

On behalf of ourselves, and the Penn State cocoa program, we express our deepest sorry for Dr. Alvim's passing.  As you well know, in addition to his unequalled contributions to the world of cacao, Paulo was a preeminent plant scientists of his time, contributing research articles and books on topics and different species spanning an amazingly diverse range including photosynthesis, respiration, ecology, biodiversity, stomatal function, hormone physiology, agroecology etc..  Below is a photo of Paulo (with grad student Carter Miller) when the visited Penn State about 10 years ago, using a portable photorespirometer unit to measure photosynthesis in a cacao leaf.  It was such a joy to see Paulo's excitement and amazement when he had a chance to use this new technology.    He was an inspiration to us all, and his influence on our lives will live on.  

We will never forget the times spent with Paulo and his guitar, his famous expresso "apparatus" and his favorite  Please convey to his wife Simone and his family members that we are thinking of them in this difficult time and that Paulo's contributions and his wonderful spirt will never be forgotten.
Cachaça dispenser, while he was surrounded by his loving friends and family.  

Sincerely yours,

Mark Guiltinan and Siela Maximova

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Paulo Alvim


Caríssimo Hilmar

agradecemos a enriquecedora informação que nos foi passada, ao tempo em que faço divulgar nos meios de comunicação de que dispomos. Podemos atualizar o necrológio" do estimado e saudoso Dr Alvim, agregando outras informações que com certeza virão a compor junto a esse esforço conjunto de todos nós.
Marco Franco
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Meu caro Marco,
Vale registrar duas  funções exercidas por Alvim e que, aparentemente,
não apareceram neste minucioso e cuidadoso  necrológio  :     

1. É  membro  permanente da "Academia Brasileira de Ciências", cuja home-page até agora registrava, na página inicial,  o passamento:



2. Durante um  bom tempo  foi consultor científico de "The Consultative Group on International Agricultural Research (CGIAR)" , 


um  esforço de instituições internacionais,
ONU-BIRD, alguns países,  e  iniciado,   entre outras causas,  em  decorrência dos feitos  do Centro de Melhoramento de Milho e Trigo, CIMMYT, no México, berço da Revolução Verde e do Prêmio Nobel da Paz de 1970 de Norman Borlaug.

O CGIAR, que vem mudando de formato  ao longo do tempo, permanentemente apoia o desenvolvimento da Pesquisa Agrônomica para o mundo tropical e subtropical, através de Centros Internacionais de Pesquisas localizados em 15 ou 18 pontos em tais latitudes. 

Provavelmente Alvim foi membro do que hoje se chama  "Conselho Independente de Ciência
e Participação" , ou "Conselho Científico":


Missa para Dr. Alvim

 A  Sra. Simone Alvim pede informar-lhes que a missa que havia sido encomendada para Dr. Alvim foi transferida para amanhã, dia 25/02, às  17 horas, na Igreja de São Jorge, Centro, Ilhéus.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Dr. Paul o Alvim died

Dear all,

This is just to let you know, that today Dr. Paulo Alvim died.
He had a strong influence in cocoa science and important contribution in cocoa physiology. He also created the Cacao Research Center (CEPEC), in Brazil, and worked in several other institutions in Latin America, either with cacao of coffee.

He died today (18/02) at about 10 am.

We all at Ceplac are very sad with this news.

Uilson

Dr. Paul o Alvim died

Que noticia terrible, no por esperada sacude menos, llegue a querer tanto al Dr. Paulo pues no solo produjo tanto para cacao, sino que su don de gentes, su generosidad con lo que sabia, dejo un rastro que nada podra borrar.  Por favor hagamele llegar mi mas profunda simpatia a la Sra. a Bertus y a su esposa.  Rogare hoy para acompañar su alma en el ultimo viaje.

Un abrazo a todos los amigos de Ceplac con quienes comparto el sentimiento tambien y los acompaño a la distancia.

Carmen

Carmita Suárez-Capello, Ph.D
Plant Pathologist

A Ceplac chora por Dr Paulo de Tarso Alvim

Colegas profundamente consternados pelo falecimento de nosso inesquecível colega Paulo de Tarso Alvim, nossa figura maior que representou a Ceplac em diversos momentos de sua história, passamos algumas informações de sua biografia.

Apeq - Associação dos Pesquisadores do Cepec

Títulos
Engenheiro agrônomo - Universidade Federal de Viçosa, UFV - 1940.
Ph.D.- Cornell University Ithaca, N.Y.- 1948.
Biografia
Paulo de Tarso Alvim passou sua infância e adolescência em sua cidade natal, Ubá (MG), onde fez seus cursos primário e secundário no Colégio Brasileiro e no Ginásio Mineiro Raul Soares, respectivamente. Órfão de pai aos dois anos de idade, sua educação, assim como a de seus três irmãos maiores, ficou sob a responsabilidade de sua mãe, que para tanto exerceu por muitos anos a profissão de costureira. Em 1937, prestou vestibular para o curso de agronomia na Escola Superior de Agricultura e Veterinária do Estado de Minas Gerais (ESAV), hoje Universidade Federal de Viçosa (UFV), sendo aprovado em 3º lugar entre 130 candidatos. Formado Engenheiro Agrônomo em dezembro de 1940, foi convidado para ser Professor Assistente de Botânica na ESAV onde, com o apoio de Octávio de Almeida Drumond, ministrou em 1943 o primeiro curso de Fisiologia Vegetal oferecido no Brasil para estudantes de Agronomia. Em 1945, por indicação da própria ESAV, foi agraciado com uma bolsa de estudos do "International Institute of Education" para fazer curso de pós-graduação na Universidade de Cornell (EUA), onde, em janeiro de 1948, obteve o título de PhD em Fisiologia Vegetal com tese sobre o tema "Studies on the mechanism of stomatal behavior". Ao retornar, iniciou pesquisas sobre fsiologia de plantas cultivadas e sobre a ecologia dos cerrados. Demonstrando a estreita correlação entre esse tipo de vegetação e as características químicas do solo, contribuiu para as técnicas de manejo do solo que permitiram a expansão da agricultura na região dos campos cerrados. Em 1949, por ocasião do 2º Congresso Sul-Americano de Botânica, em Tucumán, Argentina, coordenou o movimento que resultou na criação da Sociedade Botânica do Brasil, atualmente com mais de 2000 associados.
Seu pioneirismo no campo da Fisiologia Vegetal foi logo reconhecido, tendo resultado em convite formulado pelo Instituto Interamericano de Ciências Agrícolas (IICA/OEA), o que o levou a trabalhar por 12 anos em diversos países da América Latina, principalmente na Costa Rica e no Peru. Entre 1951 e 1955, foi pesquisador e professor da Escola de Pós-Graduação do IICA em Turrialba, Costa Rica, onde realizou pesquisas sobre fisiologia da produção do cacaueiro e do cafeeiro e orientou cinco teses de mestrado. Suas pesquisas contribuíram significativamente para aumento da produtividade dos cafezais daquele país. Entre 1955 e 1962 atuou no IICA de Lima (Peru), onde colaborou com a Universidad Nacional Agrária "La Molina" no ensino de Fisiologia Vegetal e na implantação de sua escola de pós-graduação. Nesse período orientou cerca de trinta estudantes na redação de teses de graduação e/ou mestrado. Suas pesquisas com cultivos irrigados permitiram-lhe descobrir o fenômeno a que denominou "hidroperiodismo", relacionado com o mecanismo da floração do cafeeiro e de outras espécies tropicais, além de ter inventado o primeiro porômetro portátil para avaliar o grau de abertura dos estômatos em condições de campo, conhecido na literatura especializada como "Porômetro de Alvim".
Em 1963, colaborou com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) nos trabalhos de planejamento e implantação do Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEC). Foi o principal dirigente técnico da CEPLAC durante 25 anos (1963 a 1988), período em que a produção brasileira de cacau registrou o maior aumento de sua história, passando de uma média anual de 130 mil t/ano em 1961-1965 para 380 mil t/ano em 1983-1988. Na Amazônia, a produção que era de 2 a 3 mil t/ano, elevou-se para 50 a 60 mil t/ano. Aposentado da CEPLAC em 1989, atualmente (1995) é Presidente da Fundação Pau-Brasil (ONG), dedicada a atividades conservacionistas e a estudos sobre agricultura sustentável em regiões tropicais úmidas. Como Professor Honorário da UFBA, orienta estudantes de mestrado nos laboratório de Fisiologia Vegetal do CEPEC. Publicou cerca de duas centenas de trabalhos técnico-científicos (em revistas, capítulos de livros, anais de conferências), cinco livros (como editor e co-autor), e pronunciou centenas de conferências em Congressos nacionais e internacionais.
Casado em segunda núpcias com Simone Maria Cerqueira Alvim, é pai de seis filhos (Marília, Paulo Cesáreo, Heloisa, Leonardo, Alexandre e Fátima) e tem três netos (Daniel, Chantra e Nanda). Seu principal "hobby" é a fotografia.
Comissões
Presidente - Comissão Organizadora do Simpósio sobre Ecologia e Agricultura Sustentável - 1992.
Posições
Pesquisador Emérito Instituto Interamericano de Ciências Agrícolas
Organização dos Estados Americanos
jan/1979 - presente
Prêmios
Condecorações
Comendador da Ordem do Mérito da Bahia - Governo do Estado da Bahia - 1975
Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico - Presidente da República do Brasil - jun/1995
Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico - Presidente da República do Brasil - ago/2002
Distinções
Diploma de Honra ao Mérito - Sociedade Argentina de Fisiologia Vegetal - 1978
Diploma de Honra ao Mérito - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - 1978
Pesquisador emérito - Instituto Interamericano de Ciências Agrícolas - 1979
Homenagens
"Gold Award" - Aliança dos Países Produtores de Cacau - out/2002
Medalhas
Medalha do Mérito Agronômico do Brasil - Federação de Engenheiros Agrônomos do Brasil - 1973
Medalha Jubileu de Prata - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - 1973
Medalha Agrícola Interamericana - Instituto Interamericano de Ciências Agrícolas - 1979
Medalha da Ordem do Mérito do Ex-aluno - Universidade Federal de Viçosa - 1980
Prêmios
Prêmio "Frederico de Menezes Veiga" - Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias - 1973
Prêmio Agricultura de Hoje - Editora Bloch - 1976
Prêmio Álvaro Alberto de Ciência e Tecnologia - Governo Brasileiro - 1994
Prêmio Internacional de Ciências "Bernardo A. Houssay" - Organização dos Estados Americanos - 1995
Títulos Honoríficos
Doutor honoris causa - Universidade Federal do Amazonas - 1985
Publicações Selecionadas
ALVIM, PAULO DE T. 1960 . Moisture stress as a requirement for flowering of coffee. Science. vol. 32 , p. 354 -
ALVIM, PAULO DE T. 1962 . A new type of porometer for measuring stomatal opening and its use in irrigation studies. Symposium on Methodology of Eco-Physiology. p. 325 - 329
ALVIM, PAULO DE T. 1975 . A new dendrometer for monitoring cambium activity and changes in the internal water status of plants. Turrialba. vol. 25 , p. 445 - 447
ALVIM, PAULO DE T. 1977 . Cacao. Ecophysiology of Tropical Crops. p. 219 - 313
ALVIM, PAULO DE T. 1980 . Comparação entre os cerrados e a região amazônica em termos agroecológicos. Simpósio sobre o Cerrado, 50. p. 141 - 160
ALVIM, PAULO DE T. 1990 . Agricultura apropriada para o uso contínuo dos solos na Região Amazônica. Espaço, Ambiente e Planejamento. vol. 2 , p. 1 - 72

http://www.abc.org.br/~alvimpt

VELÓRIO DO DR PAULO ALVIM

Como produtor estive com muito pesar e sentimentos presente ao velório do Dr.Paulo Alvim.

Como cristão que sou, fui representando minha pessoa e minha familia, e ao Grupo Pensar Cacau que sou um dos representantes.
Fiz minhas orações e preces para que o Nosso Senhor o acolha de braços abertos a esse gênio Humano.

O cacau sempre será devedor da figura altiva e soberana do Dr.Paulo Alvim.

Minhas condolências sinceras, Paulo Cortizo

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Paulo Alvim

Paulo Alvim
O cientista Paulo de Tarso Alvim Carneiro, 92 anos, ex-colaborador e diretor técnico da Ceplac e um dos responsáveis pelos trabalhos de planejamento e implantação do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec), na Superintendência de Desenvolvimento da Região Cacaueira no Estado da Bahia, foi o principal dirigente técnico da instituição entre 1963 a 1988.
Neste período de 25 anos, a produção brasileira de cacau registrou o maior aumento de sua história, passando de uma média anual de 130 mil t/ano (1961-1965) para 380 mil t/ano, em 1983-1988. Na Amazônia, a produção que era de 2 a 3 mil t/ano, elevou-se para 50 a 60 mil t/ano.
Aposentado da Ceplac, em 1989, cientista foi um dos criadores da Fundação Pau-Brasil, organização não-governamental dedicada as atividades conservacionistas e estudos sobre agricultura sustentável em regiões tropicais úmidas. Como Professor Honorário da UFBA, o cientista Paulo Alvim foi orientador de mestrado nos laboratório de Fisiologia Vegetal do CEPEC de várias gerações de estudantes e pesquisadores.
Publicou cerca de duas centenas de trabalhos técnico-científicos (em revistas, capítulos de livros, anais de conferências), cinco livros (como editor e co-autor), e pronunciou centenas de conferências em Congressos nacionais e internacionais. Graduou-se na Escola Superior de Agricultura e Veterinária do Estado de Minas Gerais (ESAV), atual Universidade Federal de Viçosa (UFV), fez pós-graduação no International Institute of Education na Universidade de Cornell (EUA), onde, em janeiro de 1948, obteve o título de PhD em Fisiologia Vegetal, com tese sobre o tema "Studies on the mechanism of stomatal behavior" (Estudos sobre o mecanismo do comportamento estomático).
Foi um dos fundadores da Sociedade Botânica do Brasil, que atualmente reúne mais de 2.000 associados. Seu pioneirismo no campo da Fisiologia Vegetal foi logo reconhecido, tendo resultado em convite formulado pelo Instituto Interamericano de Ciências Agrícolas (IICA/OEA), o que o levou a trabalhar por 12 anos em diversos países da América Latina, principalmente na Costa Rica e no Peru. Entre 1951 e 1955, foi pesquisador e professor da Escola de Pós-Graduação do IICA em Turrialba, Costa Rica, onde realizou pesquisas sobre fisiologia da produção do cacaueiro e do cafeeiro e orientou cinco teses de mestrado. Suas pesquisas contribuíram significativamente para aumento da produtividade dos cafezais daquele país.
Entre 1955 e 1962 atuou no IICA de Lima (Peru), onde colaborou com a Universidad Nacional Agrária "La Molina" no ensino de Fisiologia Vegetal e na implantação de sua escola de pós-graduação. Nesse período orientou cerca de 30 estudantes na redação de teses de graduação e/ou mestrado. Suas pesquisas com cultivos irrigados permitiram-lhe descobrir o fenômeno a que denominou "hidroperiodismo", relacionado com o mecanismo da floração do cafeeiro e de outras espécies tropicais, além de ter inventado o primeiro porômetro portátil para avaliar o grau de abertura dos estômatos em condições de campo, conhecido na literatura especializada como "Porômetro de Alvim".
Diante do infausto acontecimento, a Direção suspendeu sine die as festividades programas para a manhã de segunda-feira, 21, no auditório do Cepec, na Superintendência da Ceplac na Bahia, em que se comemorariam 54 anos de sua criação, através de Decreto do então Presidente Juscelino Kubistcheck de Oliveira, em 20 de fevereiro de 1957. Também decretou luto oficial.
O falecido deixa viúva dona Simone Alvim, seis filhos, seis netos e um bisneto.

Assessoria de Comunicação da Ceplac

domingo, 20 de fevereiro de 2011

VELÓRIO DO DR PAULO ALVIM

Caros Listeiros
 
Eu não tive a oportunidade de conhece-lo, e sei da sua contribuição para a nossa região.
Minha gratidão à sua dedicação em prol da cacauicultura.
 

Eulina Menezes Lavigne
 
 

Mensagens pelo passamento do Dr. Alvim 2

Célio e companheiros:

Estamos todos nós, a classe agronômica e os que
possuem ligação com cacau, enlutados com o
passamento de um dos maiores ícones da nossa
cultura conteporânea. Toda a sua vida foi dedicada com afinco à cacauicultura.
Paulo Alvim deu dimensão cientifica à CEPLAC
desde a sua implantação; durante muito tempo
foi a voz do Brasil, perante os encontros da
cacauicultura Mundo afora; o seu cabedal de
conhecimento foi a base de toda a pesquisa que se efetuou nestas plagas.
Além do conhecimento técnico-científico
excepcional, era dono de muitas virtudes -
ATENCIOSO, CAVALHEIRO, um verdadeiro GENTLEMAN
no trato com as pessoas. Do simples peão ao
mais graduado colega, sempre, com a sua
mineirice explícita, tinha um gracejo, uma palavra e um sorriso a ofertar.
Perde o BRASIL um grande filho.
Nossas condolências à Simone, Alexandre e Fátima.
GERALDO DANTAS

Mensagens pelo passamento do Dr. Alvim 1

Colegas,

Sei que muitos não conheceram Dr. Paulo Alvim,
cujo falecimento ocorreu anteontem conforme mensagem anexa.
No entanto, seguramente os colegas mais
experientes tiveram contato com ele em algum momento de sua vida profissional.
Eu tive a satisfação de conhecê-lo e de
interagir com ele em alguns momentos, sobretudo
em visitas e seminários proferidos por ele aqui
no centro ou nos Congressos Brasileiros de Fisiologia Vegetal.
E sempre foram episódios ao mesmo tempo de
profundidade científica e de leveza agradável
na forma de apresentar e de dialogar.
Aprendemos a admirá-lo. Concordamos com as
palavras na mensagem anexa de Geraldo Dantas. A
cadeia produtiva do cacau, o mundo científico,
enfim a Bahia e o Brasil realmente perderam um grande homem.
Atenciosamente,

Haroldo
Chefe-geral
Embrapa Mandioca e Fruticultura

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Paulo Alvim

A Ceplac, através da sua Direção e do seu corpo funcional, manifesta MOÇÃO DE PESAR pelo falecimento do Dr. Paulo de Tarso Alvim Carneiro, cujo passamento aconteceu na manhã de hoje, dia 18 de fevereiro de 2011, na cidade de Ilhéus. O Dr. Paulo Alvim, protagonizou um papel construtivo e indelével na história da Ceplac e no universo da cacauicultura e da agricultura tropical.
Foi o pioneiro e principal condutor da dimensão técnico científica da Ceplac, responsável pela criação do Centro de Pesquisas do Cacau - Cepec. Com a sua destacada atuação e capacidade de valorização profissional, foi um grande descobridor de talentos.
Desenvolveu diversas ações no campo da pesquisa, da estruturação organizacional, da captação de recursos no âmbito internacional, liderando o esforço institucional para manutenção e ampliação dos trabalhos científicos, bem como a luta constante pela modernização da cacauicultura brasileira e pela projeção internacional da Ceplac.

Dr. Paulo Alvim, foi um exemplo notável de competência e dedicação profissional.
A Ceplac necessitará muito do seu legado técnico e de cidadão para contribuir com o fortalecimento da base cientifica em prol do desenvolvimento da cacauicultura nacional.

Direção da Ceplac

Paulo Alvim

Caros Colegas
 
 
O mundo acaba de perder um dos maiores CIENTISTAS e conhecedores de cacau.
 
Transmita a seus familiares os meus sentimentos.
 
Que Deus o tenha.
 
Abraços
 
                    Afrorisval Almeida

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Paulo de Tarso Alvim

Paulo de Tarso Alvim
por Arquivo Histórico

25/05/2010 12:00


Detentor da Ordem Nacional do Mérito Científico (Ingresso como Comendador em 02/06/1995 e como Grã-Cruz em 05/08/2002), PAULO DE TARSO ALVIM nasceu em Ubá, aos 23 de fevereiro de 1919, residindo atualmente em Ilhéus-BA. Cientista de renome internacional, realizou as seguintes pesquisas: Fisiologia vegetal aplicada à agricultura; Estudo dos fatores ecofisiológicos que determinam a produtividade das plantas, especialmente cultivos tropicais como cacau e café e essências florestais; Sistemas de produção agrícola para regiões tropicais úmidas (especialmente Amazônia e Mata Atlântica).


Suas atividades de pesquisador estão relacionadas principalmente com a fisiologia vegetal aplicada à agricultura, mais especificamente aos fatores ecofisiológicos que determinam a produtividade das plantas, com atenção especial a cultivos tropicais, como cacau e café. Inventou o primeiro porômetro portátil para o estudo da abertura dos estômatos em condições de campo, o que é fundamental para o estudo das relações água/planta. Seu invento é conhecido como Porômetro de Alvim. Ainda na área das relações água/planta, aperfeiçoou o método tradicional de infiltração para avaliar o grau de abertura dos estômatos, tornando-o mais preciso. Demonstrou pela primeira vez, experimentalmente, que várias plantas tropicais necessitam de um "choque" de desidratação-hidratação (seqüência de período seco para um período úmido) para abrirem suas flores ou renovarem sua folhagem. Chamou o fenômeno de "hidroperiodismo". Inventou ainda um tipo de dendrômetro simples, utilizado não apenas para medir o crescimento em diâmetro das árvores, mas também para avaliar o grau de desidratação das plantas e determinar, ou não, o de irrigações. Decorreram de seus trabalhos as primeiras indicações sobre a possibilidade de se utilizar o solo do cerrado para fins agrícolas, utilizando-se fertilizantes e corretivos, o que é hoje uma realidade da agricultura brasileira. Ultimamente, vem conduzindo uma série de trabalhos sobre problemas ecológicos e agrícolas da região amazônica. À frente do planejamento técnico-científico da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira - CEPLAC, foi o principal responsável pela organização e implantação dos departamentos técnicos da instituição, de maneira especial do Centro de Pesquisas do Cacau.

Foi diretor técnico-científico da CEPLAC por quase 25 anos e durante esse período a produção brasileira de cacau registrou o maior aumento de sua história e a produtividade média das fazendas baianas aumentou 60%. Na literatura botânica, foi homenageado com a descrição de 3 novos gêneros e 7 novas espécies da região cacaueira. É, desde 1985, membro da Academia Brasileira de Ciências. Fundou e presidiu a Sociedade Botânica do Brasil, foi o primeiro presidente da Sociedade Latino-Americana de Fisiologia Vegetal e foi conselheiro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. É membro da Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal, American Society of Plant Physiologists, Sociedade Latino-Americana de Fisiologia Vegetal, American Society of Agronomy, International Society of Tropical Biology, American Association for the Advancement of Science, Sociedade Honorária Sigma Xi e Sociedade Honorária Phi Kappa. Preside, hoje, a Fundação Pau Brasil, organização não governamental com sede nas dependências da CEPLAC e dedicada a atividades conservacionistas e a estudos sobre agricultura sustentável e diversificação agropecuária na região cacaueira da Bahia.

Títulos
Engenheiro agrônomo - Universidade Federal de Viçosa, UFV - 1940.
Ph.D.- Cornell University Ithaca, N.Y.- 1948.

Condecorações
Comendador da Ordem do Mérito da Bahia - Governo do Estado da Bahia - 1975
Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico - Presidente da República do Brasil - Jun/1995
Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico - Presidente da República do Brasil - Ago/2002

Distinções
Diploma de Honra ao Mérito - Sociedade Argentina de Fisiologia Vegetal - 1978
Diploma de Honra ao Mérito - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - 1978
Pesquisador emérito - Instituto Interamericano de Ciências Agrícolas - 1979

Homenagens
"Gold Award" - Aliança dos Países Produtores de Cacau - Out/2002

Medalhas
Medalha da Ordem do Mérito da Bahia
Medalha Jubileu de Prata - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - 1973
Medalha do Mérito Agronômico do Brasil - Federação de Engenheiros Agrônomos do Brasil - 1973
Medalha Agrícola Interamericana - Instituto Interamericano de Ciências Agrícolas - 1979
Medalha da Ordem do Mérito do Ex-aluno - Universidade Federal de Viçosa - 1980

Prêmios
Prêmio "Frederico de Menezes Veiga" - Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias - 1973
Prêmio Agricultura de Hoje - Editora Bloch - 1976
Prêmio Álvaro Alberto de Ciência e Tecnologia - Governo Brasileiro - 1995
Prêmio Internacional de Ciências "Bernardo A. Houssay" - Organização dos Estados Americanos - 1995

Títulos Honoríficos
Doutor honoris causa - Universidade Federal da Bahia - 1985

Publicações Selecionadas
ALVIM, PAULO DE T. 1960. Moisture stress as a requirement for flowering of coffee. Science., vol. 32, no. 3423, p. 354.
ALVIM, PAULO DE T. 1964. Tree growth periodicity in tropical climates. In ZIMERMAN, A. H. Formation of Wood in Forest Trees., New York:Academic Press., p. 479-495.
ALVIM, PAULO DE T. 1975. A new dendrometer for monitoring cambium activity and changes in the internal water status of plants. Turrialba., vol. 25, p. 445-447.
ALVIM, PAULO DE T. and KOSLOWSKI, T. T. 1977. Ecophysiology of Tropical Plants. Edited by ALVIM, PAULO DE T. and KOSLOWSKI, T. T. New York:Academic Press, 502 p.
ALVIM, PAULO DE T. 1977. The balance between conservation and utilization in the humid tropics with special reference to Amazonian Brasil. In Extinction is Forever., p. 347-352.
ALVIM, PAULO DE T. 1999. In WORKSHOP ON TROPICAL SOILS. ACADEMIA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS., 1992, Rio de Janeiro. Soils of the humid tropics and their sustainable use., 192 p.

Associação dos Pesquisadores da Ceplac homenageia Paulo Alvim

Profundamente consternados pelo falecimento de nosso inesquecível colega Paulo de Tarso Alvim, nossa figura maior que representou a Ceplac em diversos momentos de sua história, passamos algumas informações de sua biografia.

Títulos

Engenheiro agrônomo - Universidade Federal de Viçosa, UFV - 1940.
Ph.D.- Cornell University Ithaca, N.Y.- 1948.

Biografia

Paulo de Tarso Alvim passou sua infância e adolescência em sua cidade natal, Ubá (MG), onde fez seus cursos primário e secundário no Colégio Brasileiro e no Ginásio Mineiro Raul Soares, respectivamente. Órfão de pai aos dois anos de idade, sua educação, assim como a de seus três irmãos maiores, ficou sob a responsabilidade de sua mãe, que para tanto exerceu por muitos anos a profissão de costureira. Em 1937, prestou vestibular para o curso de agronomia na Escola Superior de Agricultura e Veterinária do Estado de Minas Gerais (ESAV), hoje Universidade Federal de Viçosa (UFV), sendo aprovado em 3º lugar entre 130 candidatos. Formado Engenheiro Agrônomo em dezembro de 1940, foi convidado para ser Professor Assistente de Botânica na ESAV onde, com o apoio de Octávio de Almeida Drumond, ministrou em 1943 o primeiro curso de Fisiologia Vegetal oferecido no Brasil para estudantes de Agronomia. Em 1945, por indicação da própria ESAV, foi agraciado com uma bolsa de estudos do "International Institute of Education" para fazer curso de pós-graduação na Universidade de Cornell (EUA), onde, em janeiro de 1948, obteve o título de PhD em Fisiologia Vegetal com tese sobre o tema "Studies on the mechanism of stomatal behavior". Ao retornar, iniciou pesquisas sobre fsiologia de plantas cultivadas e sobre a ecologia dos cerrados. Demonstrando a estreita correlação entre esse tipo de vegetação e as características químicas do solo, contribuiu para as técnicas de manejo do solo que permitiram a expansão da agricultura na região dos campos cerrados. Em 1949, por ocasião do 2º Congresso Sul-Americano de Botânica, em Tucumán, Argentina, coordenou o movimento que resultou na criação da Sociedade Botânica do Brasil, atualmente com mais de 2000 associados.
Seu pioneirismo no campo da Fisiologia Vegetal foi logo reconhecido, tendo resultado em convite formulado pelo Instituto Interamericano de Ciências Agrícolas (IICA/OEA), o que o levou a trabalhar por 12 anos em diversos países da América Latina, principalmente na Costa Rica e no Peru. Entre 1951 e 1955, foi pesquisador e professor da Escola de Pós-Graduação do IICA em Turrialba, Costa Rica, onde realizou pesquisas sobre fisiologia da produção do cacaueiro e do cafeeiro e orientou cinco teses de mestrado. Suas pesquisas contribuíram significativamente para aumento da produtividade dos cafezais daquele país. Entre 1955 e 1962 atuou no IICA de Lima (Peru), onde colaborou com a Universidad Nacional Agrária "La Molina" no ensino de Fisiologia Vegetal e na implantação de sua escola de pós-graduação. Nesse período orientou cerca de trinta estudantes na redação de teses de graduação e/ou mestrado. Suas pesquisas com cultivos irrigados permitiram-lhe descobrir o fenômeno a que denominou "hidroperiodismo", relacionado com o mecanismo da floração do cafeeiro e de outras espécies tropicais, além de ter inventado o primeiro porômetro portátil para avaliar o grau de abertura dos estômatos em condições de campo, conhecido na literatura especializada como "Porômetro de Alvim".
Em 1963, colaborou com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) nos trabalhos de planejamento e implantação do Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEC). Foi o principal dirigente técnico da CEPLAC durante 25 anos (1963 a 1988), período em que a produção brasileira de cacau registrou o maior aumento de sua história, passando de uma média anual de 130 mil t/ano em 1961-1965 para 380 mil t/ano em 1983-1988. Na Amazônia, a produção que era de 2 a 3 mil t/ano, elevou-se para 50 a 60 mil t/ano. Aposentado da CEPLAC em 1989, atualmente (1995) é Presidente da Fundação Pau-Brasil (ONG), dedicada a atividades conservacionistas e a estudos sobre agricultura sustentável em regiões tropicais úmidas. Como Professor Honorário da UFBA, orienta estudantes de mestrado nos laboratório de Fisiologia Vegetal do CEPEC. Publicou cerca de duas centenas de trabalhos técnico-científicos (em revistas, capítulos de livros, anais de conferências), cinco livros (como editor e co-autor), e pronunciou centenas de conferências em Congressos nacionais e internacionais.
Casado em segunda núpcias com Simone Maria Cerqueira Alvim, é pai de seis filhos (Marília, Paulo Cesáreo, Heloisa, Leonardo, Alexandre e Fátima) e tem três netos (Daniel, Chantra e Nanda). Seu principal "hobby" é a fotografia.

Comissões

Presidente - Comissão Organizadora do Simpósio sobre Ecologia e Agricultura Sustentável - 1992.

Posições

Pesquisador Emérito
Instituto Interamericano de Ciências Agrícolas
Organização dos Estados Americanos
jan/1979 - presente

Prêmios

Condecorações

Comendador da Ordem do Mérito da Bahia - Governo do Estado da Bahia - 1975

Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico - Presidente da República do Brasil - jun/1995

Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico - Presidente da República do Brasil - ago/2002

Distinções

Diploma de Honra ao Mérito - Sociedade Argentina de Fisiologia Vegetal - 1978

Diploma de Honra ao Mérito - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - 1978

Pesquisador emérito - Instituto Interamericano de Ciências Agrícolas - 1979

Homenagens

"Gold Award" - Aliança dos Países Produtores de Cacau - out/2002

Medalhas

Medalha do Mérito Agronômico do Brasil - Federação de Engenheiros Agrônomos do Brasil - 1973

Medalha Jubileu de Prata - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - 1973

Medalha Agrícola Interamericana - Instituto Interamericano de Ciências Agrícolas - 1979

Medalha da Ordem do Mérito do Ex-aluno - Universidade Federal de Viçosa - 1980

Prêmios

Prêmio "Frederico de Menezes Veiga" - Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias - 1973

Prêmio Agricultura de Hoje - Editora Bloch - 1976

Prêmio Álvaro Alberto de Ciência e Tecnologia - Governo Brasileiro - 1994

Prêmio Internacional de Ciências "Bernardo A. Houssay" - Organização dos Estados Americanos - 1995

Títulos Honoríficos

Doutor honoris causa - Universidade Federal do Amazonas - 1985

Publicações Selecionadas

ALVIM, PAULO DE T. 1960 . Moisture stress as a requirement for flowering of coffee. Science. vol. 32 , p. 354 -

ALVIM, PAULO DE T. 1962 . A new type of porometer for measuring stomatal opening and its use in irrigation studies. Symposium on Methodology of Eco-Physiology. p. 325 - 329

ALVIM, PAULO DE T. 1975 . A new dendrometer for monitoring cambium activity and changes in the internal water status of plants. Turrialba. vol. 25 , p. 445 - 447

ALVIM, PAULO DE T. 1977 . Cacao. Ecophysiology of Tropical Crops. p. 219 - 313

ALVIM, PAULO DE T. 1980 . Comparação entre os cerrados e a região amazônica em termos agroecológicos. Simpósio sobre o Cerrado, 50. p. 141 - 160

ALVIM, PAULO DE T. 1990 . Agricultura apropriada para o uso contínuo dos solos na Região Amazônica. Espaço, Ambiente e Planejamento. vol. 2 , p. 1 - 72

Produtores de Cacau homenageiam Dr Alvim

Meus pêsames à família do Dr. Paulo Alvim.
Que Deus lhe dê a paz eterna.
Dorcas.

A Lista do Cacau noticia o passamento do Dr Alvim

Prezados amigos
Acabo de ser informado do falecimento do Dr. Paulo Alvim, o grande nome mundial da cacuicultura.

Prof. Gonçalo Pereira
LGE-IB-UNICAMP

APC homenageia Dr Alvim

Venho, em nome de Henrique Almeida e de toda a diretoria da APC, externar os nossos sentimentos em relação ao passamento de Dr. Paulo Alvim. Nós, produtores de cacau, muito devemos ao trabalho por ele realizado, ao amor que ele tanto dedicou ao cacau. Somos gratos a ele por tudo que realizou em prol da cacauicultura

Ele cumpriu os seus desígnios, que esteja em paz.

Izabel Delmondes

Biografia de PAULO ALVIM

Paulo de Tarso Alvim Carneiro passou sua infância e adolescência em sua cidade natal, Ubá (MG), onde fez seus cursos primário e secundário no Colégio Brasileiro e no Ginásio Mineiro Raul Soares, respectivamente. Órfão de pai aos dois anos de idade, sua educação, assim como a de seus três irmãos maiores, ficou sob a responsabilidade de sua mãe, que para tanto exerceu por muitos anos a profissão de costureira. Em 1937, prestou vestibular para o curso de agronomia na Escola Superior de Agricultura e Veterinária do Estado de Minas Gerais (ESAV), hoje Universidade Federal de Viçosa (UFV), sendo aprovado em 3º lugar entre 130 candidatos. Formado Engenheiro Agrônomo em dezembro de 1940, foi convidado para ser Professor Assistente de Botânica na ESAV onde, com o apoio de Octávio de Almeida Drumond, ministrou em 1943 o primeiro curso de Fisiologia Vegetal oferecido no Brasil para estudantes de Agronomia. Em 1945, por indicação da própria ESAV, foi agraciado com uma bolsa de estudos do "International Institute of Education" para fazer curso de pós-graduação na Universidade de Cornell (EUA), onde, em janeiro de 1948, obteve o título de PhD em Fisiologia Vegetal com tese sobre o tema "Studies on the mechanism of stomatal behavior". Ao retornar, iniciou pesquisas sobre fsiologia de plantas cultivadas e sobre a ecologia dos cerrados. Demonstrando a estreita correlação entre esse tipo de vegetação e as características químicas do solo, contribuiu para as técnicas de manejo do solo que permitiram a expansão da agricultura na região dos campos cerrados. Em 1949, por ocasião do 2º Congresso Sul-Americano de Botânica, em Tucumán, Argentina, coordenou o movimento que resultou na criação da Sociedade Botânica do Brasil, atualmente com mais de 2000 associados.
Seu pioneirismo no campo da Fisiologia Vegetal foi logo reconhecido, tendo resultado em convite formulado pelo Instituto Interamericano de Ciências Agrícolas (IICA/OEA), o que o levou a trabalhar por 12 anos em diversos países da América Latina, principalmente na Costa Rica e no Peru. Entre 1951 e 1955, foi pesquisador e professor da Escola de Pós-Graduação do IICA em Turrialba, Costa Rica, onde realizou pesquisas sobre fisiologia da produção do cacaueiro e do cafeeiro e orientou cinco teses de mestrado. Suas pesquisas contribuíram significativamente para aumento da produtividade dos cafezais daquele país. Entre 1955 e 1962 atuou no IICA de Lima (Peru), onde colaborou com a Universidad Nacional Agrária "La Molina" no ensino de Fisiologia Vegetal e na implantação de sua escola de pós-graduação. Nesse período orientou cerca de trinta estudantes na redação de teses de graduação e/ou mestrado. Suas pesquisas com cultivos irrigados permitiram-lhe descobrir o fenômeno a que denominou "hidroperiodismo", relacionado com o mecanismo da floração do cafeeiro e de outras espécies tropicais, além de ter inventado o primeiro porômetro portátil para avaliar o grau de abertura dos estômatos em condições de campo, conhecido na literatura especializada como "Porômetro de Alvim".
Em 1963, colaborou com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) nos trabalhos de planejamento e implantação do Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEC). Foi o principal dirigente técnico da CEPLAC durante 25 anos (1963 a 1988), período em que a produção brasileira de cacau registrou o maior aumento de sua história, passando de uma média anual de 130 mil t/ano em 1961-1965 para 380 mil t/ano em 1983-1988. Na Amazônia, a produção que era de 2 a 3 mil t/ano, elevou-se para 50 a 60 mil t/ano. Aposentado da CEPLAC em 1989, atualmente (1995) é Presidente da Fundação Pau-Brasil (ONG), dedicada a atividades conservacionistas e a estudos sobre agricultura sustentável em regiões tropicais úmidas. Como Professor Honorário da UFBA, orienta estudantes de mestrado nos laboratório de Fisiologia Vegetal do CEPEC. Publicou cerca de duas centenas de trabalhos técnico-científicos (em revistas, capítulos de livros, anais de conferências), cinco livros (como editor e co-autor), e pronunciou centenas de conferências em Congressos nacionais e internacionais.

OPINIÕES SOBRE ALVIM
«O Doutor Alvim é um homem de nossa época. Peparado na dura escola do rigor científico, jamais perdeu sua bonomia nem esse jeito de ser latino-americano que nos distingue de todos os outros povos, raças e culturas do nosso planeta.»
José Emílio Araújo -Diretor do Instituto Interamericano de Ciências Agrícolas

«Na realidade, olhando para trás, com correta visão e sem paixão, é difícil se encontrar uma posição radical de Paulo Alvim.»
Frederico Afonso, Pesquisador (in memoriam)

«Ele me ajudou a desenvolver esse amor incondicional à natureza, a abraçar a minha profissão, a respeitar o próximo, a estar sempre atenta aos valores éticos das nossas atitudes, a importância de sempre manter a humildade, ao valor incomensurável da nossa família e a simplesmente amar a vida e viver, sempre viver.»
Fátima, Filha de Alvim, professora da UESC.

«Foi um grande estudante, prodigioso pelo caráter, pela inteligência, pela humildade, mas perfeito em sua personalidade e suas inacreditáveis qualidades afetivas.»
Victório Codo, Colega de curso primário

“Dr. Paulo Alvim foi, talvez, a personalidade da Pesquisa que exerceu maior influencia no extensionismo da Ceplac, desde sua criação em meados da década de 60. Sua figura portentosa era talhada para a liderança. Não havia nele nada de modesto, de pequeno, tudo era vasto, largo, dominador. Expressava com clareza seus pensamentos, com fluência, linguagem elegante, agudeza de raciocínio e serenidade ao analisar as mais diferentes questões na esfera técnico agronômica”.
Roberto Setúbal – Engenheiro Agronomo da Ceplac

“Paulo Alvim se destacou por não somente ter ditado as bases de como se produz cacau no Brasil, principalmente na Bahia, sua terra adotiva, mas também porque esses conhecimentos e práticas se estenderam por toda a América Latina, sendo utilizados ainda por países produtores de cacau da África e Ásia”.
Raul Valle – Pesquisador

“Dr. Alvim alem de excelente mestre, companheiro de trabalho e amigo representa um marco na comunidade científica em pesquisas de cacau. Fez parte de todas as conferências internacionais de pesquisa em cacau, sempre referenciado como excelente contribuidor para o progresso da ciência em cacau, principalmente nos estudos sobre a relação solo-água-planta. Sempre defendeu a ciência da cultura do cacau como se fosse um bem próprio. Considerando o que ele fez, numa época em que não se contava com os recursos tecnológicos de hoje, conseguiu não só desenvolver teorias, como até mesmo construir aparatos para estudos em fisiologia vegetal. È incontestavelmente um caráter raro de cientista”.
Regina Cele Machado - Pesquisadora

“Homem de espírito e de obras, o amigo certo, criador e realizador genial nos mais importantes e significativos momentos da lavoura cacaueira”.
José Haroldo Castro Vieira – (in memoriam)

“Como Mestre, Alvim pontilhou toda sua vida por agudo senso de responsabilidade seja como membro de uma família humilde, estudante, professor e verdadeiro pensador e homem de ação ao se constituir num dos principais responsáveis pela concepção, organização, instalação e funcionamento dos departamentos técnicos da CEPLAC, especialmente do Centro de Pesquisa do Cacau, considerado, aqui no Brasil e no exterior, como um dos mais bem concebidos centros de estudos agronômicos em regiões tropicais”.
Manfred Muller – Coordenador Científico da Ceplac